O Intervalo Final de Pedro


Mensagem Ministrada por Josiah Grauman
29 de Agosto de 2021

Há um momento em todo jogo, quer seja basquete, futebol americano, etc., que chamamos de intervalo final. Às vezes restam apenas 20 segundos para o final do jogo e é nessa hora que o treinador chama o time para explicar e coordenar o último lance e as posições finais da defesa. Esse é o momento mais tenso do jogo. Alguns jogadores chegam a entrar em colapso, a tensão é demais, o frio na barriga é extremo, o cérebro está em euforia, a adrenalina alta, as pernas tremem. É nesse momento que vemos jogadores tomarem péssimas decisões. Nessas horas você vê jogadores profissionais de basquete deixarem a bola cair, correrem para a direção errada. No futebol americano, zagueiros profissionais pegam a bola e correm para o lado errado. A pressão do momento normalmente é demais e a urgência causa pânico. O melhor que uma pessoa pode fazer num momento como esse é entregar a bola para alguém que consegue manter o controle, para aquele jogador que vive para aquele momento, que pedem a bola nesses momentos. Para eles, essa adrenalina extra provê o foco perfeito para fazer tudo o que precisa ser feito. Para isso acontecer, todos devem estar na “mesma página”, seguindo exatamente as mesmas táticas definidas no intervalo final.

Pedro, em I Pedro 4:7, escreve que o fim de todas as coisas está próximo. Em outras palavras, estamos nos segundos finais. Pedro nos está treinando há algum tempo nesses primeiros 4 capítulos; já conhecemos o “plano de jogo”. Nosso oponente é hostil e precisamos permanecer firmes, tendo como esperança apenas a Jesus, que é a nossa viva esperança. Precisamos temer a Deus e andar em santidade neste mundo. Precisamos viver nesse mundo de forma santa, nos submetendo ao governo, honrando o rei, nos submetendo aos mestres terrenos, fazendo tudo isso a fim de termos a oportunidade de falar às pessoas que requerem de nós qual a razão da esperança que temos. Precisamos fazer o oposto de Jonas e sair ao mundo dizendo a todos quem é Jesus. Precisamos ser os sacerdotes reais que Pedro diz que somos em I Pedro 2:9, atraindo as pessoas a Deus. Precisamos viver nesse mundo com a luz de Cristo de tal forma que quando o mundo olha para nós, exija uma explicação sobre a esperança que temos. O mundo questiona: “Por que você é tão diferente dos outros? Por que você não é motivado pela ganância assim como eu?” Precisamos estar preparados. Quando vivemos em tal esperança, de forma diferente do mundo, temos que estar prontos a exaltar Cristo e explicar às pessoas quem é o nosso salvador vitorioso. Precisamos falar às pessoas, assim como ouvimos na semana passada, que o nosso Cristo vitorioso é tão glorioso que seria impensável a nós escolhermos o pecado. Preferimos o sofrimento em vez de desonrar o nosso Senhor.

Por isso, o “plano de jogo” de Pedro não muda: temer a Deus, andar em santidade, anunciar Cristo às pessoas. Mas agora, nos deparamos com essa situação, onde só há 20 segundos no relógio. Pedro tem em mente que o tempo está se encerrando. Então ele solicita o intervalo final, nos reúne e nos mostra uma jogada final. A estratégia de Pedro para esse último lance, que ganhará o dia e glorificará a Deus, é muito simples, é fácil de cumprir. São 4 “lances”: orar, amar, edificar e glorificar. Esses serão os nossos 4 itens hoje: orar com sobriedade, amar soberanamente, edificar fielmente e glorificar sem cessar.

I Pedro 4:7-11: “E já está próximo o fim de todas as coisas; portanto sede sóbrios e vigiai em oração. Mas, sobretudo, tende ardente amor uns para com os outros; porque o amor cobrirá a multidão de pecados. Sendo hospitaleiros uns para com os outros, sem murmurações, cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons mordomos da multiforme graça de Deus. Se alguém falar, fale segundo as palavras de Deus; se alguém administrar, administre segundo o poder que Deus dá; para que em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o poder para todo sempre. Amém.” Vamos orar.

Pai, conforme nos achegamos à Sua palavra, pedimos para que abra nossas mentes para contemplarmos as maravilhas que estão nesse texto. Que o Espírito nos ilumine para que o compreendamos e ainda mais, que nos dê a força para obedecê-lo. Anelamos Te glorificar. Desejamos, após ouvir Sua palavra esta noite, que o Seu Espírito nos transforme para nos tornar mais como Cristo e mais adequados a Te dar graças e louvores, pois somente Tu és digno. Assim oramos em nome de Jesus. Amém.

Na ilustração que tivemos desse intervalo final, o treinador Pedro proclama: “Foquem no jogo, o julgamento está próximo.” É assim que ele termina os versos 5 e 6. A morte e julgamento estão chegando e não podemos estar distraídos com o estado cósmico. Então ele diz no verso 7: “Está próximo o fim de todas as coisas.” Literalmente quer dizer: “O fim é iminente.” É isso que nos move, esse é o nosso zelo: não temos muito mais tempo.

Não estamos falando do fim da civilização, do fim dos valores ocidentais, do fim da América. Sabemos que o fim dessas coisas está chegando também, mas estamos falando de algo maior. Pedro está falando da consumação de todas as coisas, do fim, do retorno de Cristo, quando Ele voltará a este mundo para estabelecer Seu reino e reinará para sempre. Estamos nos últimos dias.

A bíblia nos informa que quando Jesus ressuscitou dentre os mortos, nós entramos nos últimos dias (Hb 1:2). Estamos agora na fase final da História. Isso quer dizer que nada mais precisa acontecer dentro do plano de Deus para que Cristo retorne para Sua noiva. Há muitos textos no novo testamento que nos dizem que devemos viver nossas vidas à luz do retorno iminente de Cristo.

Tito 2:13 nos diz que aguardamos a bem-aventurada esperança que é o aparecimento da glória do nosso Senhor Jesus Cristo. Pedro também nos exorta a fazer isso, mas ele não está apenas nos informando que o fim está próximo, ele está nos exortando a vivermos à luz do fato de que o fim está próximo. Não podemos desperdiçar esses últimos momentos da nossa curta vida, que passa como um vapor. Mas não podemos entrar em colapso nervoso ao saber que é chegado o fim, tentando adivinhar o dia do retorno de Cristo ou ficar paralisados olhando para os céus e esperando. Não. Precisamos agir. A noite passou, o dia está quase raiando, deixemos as obras das trevas e nos revistamos da armadura da luz.

Em II Pedro, ao falar sobre o tempo do fim, Pedro diz que Deus derreterá os elementos e formará novamente o mundo. Amados, já que aguardamos isso, sejamos diligentes, sendo achados por Ele sem mácula, sem culpa. O tempo é curto. Vivamos em santidade, de acordo com a vontade de Deus. Qual é a vontade de Deus? Está escrito: “o fim de todas as coisas está próximo, portanto sede sóbrios e vigiai em oração.”

Se você não leu o parágrafo anterior, vai parecer que essa frase está invertida. Talvez esperássemos ver algo como: “O tempo é curto! É hora de ação, vamos fazer algo! Temamos a Deus, falemos sobre Jesus, trabalhemos com esforço!” E Pedro diz: “o fim está próximo, pensem com sobriedade para que possam orar.”

Vamos pensar um pouco nas palavras que ele está usando. Ter uma mente sã significa pensar de forma correta. Essa palavra é usada em Marcos 5:15, quando Jesus expulsa aquela legião de demônios que estava habitando naquele homem. Aquele homem morava no cemitério, andava nu, era literalmente um louco. Jesus se aproxima e o cura, expulsando a legião de demônios, que entraram nos porcos e estes, por fim, se matam. Quando as pessoas daquela cidade veem aquele homem louco agora vestido e com sua mente restaurada, eles ficam aterrorizados. Aquele homem agora estava pensando com clareza, pensando corretamente pela primeira vez. Ele não estava mais sob o controle dos demônios, sua mente estava sob o seu próprio controle. É isso que Pedro pede que façamos. Ele pede para não entrarmos em pânico, para retermos nossa mente sã e sermos racionais.

Certa vez, Martinho Lutero foi questionado sobre o que ele faria se soubesse que o fim fosse hoje. O que você faria se soubesse que Jesus voltaria hoje e com ele viria o fim de todas as coisas? Esse grande reformador, que fez tantas coisas, conquistou muito para o avanço do reino de Cristo, respondeu: “Se eu soubesse que o fim chegaria hoje, eu plantaria uma árvore e pagaria meus impostos.” Como assim!? Não faria algo radical? Eu creio que era a forma de Martinho Lutero dizer que não entraria em algum frenesi que resultaria em fazer algo louco. Ele simplesmente faria o melhor para obedecer a vontade de Deus.

Ter uma mente sã, um pensamento sadio, não é evitar que a razão esteja em sua mente, não é entrar em algum tipo de transe oriental. Biblicamente, ter uma mente sã não é esvaziar a mente, mas é encher a sua mente com a vontade de Deus, levar todo pensamento cativo a Cristo. A palavra diz: “Que a mente de Cristo habite ricamente em vós.” Isaías diz: “Tu conservarás em paz aquele cuja mente está em ti.” Biblicamente, isso é ter uma mente sã. Pedro ainda acrescenta, dizendo que não apenas devemos ter uma mente sã, mas também sóbria. Essas duas palavras trazem a mesma ideia. Sobriedade, no seu sentido mais literal, é não estar sob a influência de alguma substância. Também significa estar alerta, como quando Jesus exorta Pedro e seus discípulos a estarem acordados, vigiando e orando.

Pedro já fez essa exortação em I Pedro 13, dizendo para prepararmos nossas mentes para a ação e mantermos a mente sóbria. A questão é que quanto mais próximos estamos do fim, dos dias finais, deveríamos estar encorajados a não sermos irracionais. Pensar sobre o fim deve produzir em nós sobriedade sobre nossas vidas. É isso que Moisés nos diz no Salmo 90, para pensarmos no fim, contarmos os nossos dias, produzindo em nós um coração de sabedoria.

Você que está preocupado com sua saúde ou com seu emprego, suas finanças, lembre-se, tudo isso vai acabar. E depois? Pense nisso racionalmente, com sobriedade, não como o homem em Lucas 12 que saiu construindo celeiros maiores, sem pensar no fato de que naquele dia, assim como Jesus disse, Deus veio até ele durante a noite e disse: “Louco! Esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?” Sedes sóbrios!

É como se Pedro estivesse agarrando um homem bêbado, colocando sua cabeça em água gelada e dizendo: “Acorde! O fim está próximo! Pense nisso. Pense de forma clara, usando de oração.” Nós esperávamos ouvir algo como: “Só temos alguns segundos! Precisamos fazer algo! Precisamos mudar o mundo para Deus!” Pedro está dizendo: “Lhe resta poucos segundos. Você precisa orar. O fim está próximo e se você entende isso, vai ser inevitavelmente levado a uma inescapável conclusão: você precisa da ajuda de Deus. Você precisa de Deus. Você não vai ser o herói deste ‘jogo’, não é você quem vai marcar o último ponto, você só atrapalha o ‘lance.’”

Nesse “jogo”, todos nós somos perdedores, pois todos nós somos pecadores. Todos nós carecemos. Só existe um “herói”, um homem que vencerá e seu nome é Jesus. Somente Ele pode nos ajudar. Ter apenas alguns segundos e ver a grande urgência, é apenas mais motivo para oração, pedindo ajuda a Deus, implorando; não podemos fazer nada sem Ele.

Pense nos mandamentos que Pedro nos está dando. “Precisamos temer a Deus” – você consegue fazer isso sem Ele te ensinar? “Precisamos viver em santidade” – você consegue isso sem Seu Espírito? Você acha que consegue vencer o mundo sem Cristo? Se acha isso, está como um bêbado. Você só pode estar louco se acha que consegue viver essa vida sem a ajuda de Deus. Se você pensar racionalmente, se estiver com sua mente correta, você vai orar.

Alguns dizem: “Eu quero orar, quero orar mais, mas não sei como, não sei o que dizer.” Paulo tem ótimos conselhos. Não vou entrar em detalhes, mas em Filipenses 4 ele escreve: “Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças.” É interessante que nesse pequeno verso, Paulo nos diz tudo o que precisamos saber sobre orar sem cessar. É como se Paulo estivesse falando: “Eu sei que vocês conseguem se preocupar sem cessar, vocês fazem isso o tempo todo, estão sempre preocupados com qualquer coisa, fazendo uma coisa enquanto se preocupam com outra. Então levem suas constantes preocupações em oração.” Ele menciona duas categorias: súplica e ação de graças. É como se dissesse: “Agradeça a Deus por todos os dons que Ele vos deu e peça a ajuda Dele todas as vezes que tiverem necessidade.” Eu digo uma coisa, se toda vez que Deus lhe desse algo, você O agradecesse, até pelo oxigênio que está respirando agora mesmo, você teria muita coisa para orar. Da mesma forma, se orasse toda vez que tivesse necessidade de alguma coisa, o que sempre acontece, você iria orar sem cessar. Assim, a oração nunca teria fim e você começaria a pensar de forma clara, de forma sóbria, e começaria a andar em santidade.

Apenas para uma rápida ilustração vejamos o livro de Neemias. Vamos ver apenas um verso no capítulo 2, mas antes quero que entendam o cenário. Neemias era o copeiro do rei da Pérsia, Artaxerxes. Neemias está na capital e um dia ele ouve que Jerusalém, a cidade santa de Deus, está em sofrimento. Ele usa todo primeiro capítulo para registrar sua oração. Ele se fecha em seu quarto, faz jejum e nesse primeiro capítulo do seu livro, ele se dedica à oração. Ele implora para que Deus haja. Ele entende que a oração é o meio pelo qual Deus faz Sua vontade nesse mundo. Então ele ora pedindo o perdão de Deus, para que Deus se lembre do seu povo. É interessante que depois de orar, Neemias não fica lá sentado, preguiçoso, esperando, mas ele volta ao seu trabalho. No capítulo 2 o rei percebe que Neemias está triste e isso é uma preocupação para um rei, pois Neemias provava a comida do rei para evitar seu envenenamento. Então no capítulo 2, verso 4, o rei pergunta: “Que me pedes agora?” E a reação de Neemias foi: “Então orei ao Deus dos céus e disse ao rei” – será que isso quer dizer que nesse intervalo Neemias voltou ao seu quarto, fechou a porta, fez jejum por alguns dias em oração e depois voltou ao rei para falar o que queria? Claro que não. Ele não tinha tempo. Naqueles segundos ele apenas pediu ao Senhor para que pudesse falar de uma forma que honrasse a Deus e então ele falou.

Creio que é isso que Pedro quer de nós. O fim está próximo, então cada momento é precioso, cada pensamento, cada palavra, cada ação, cada conversa importa, então ore. Reserve um tempo, assim como Neemias no capítulo 1, para se dedicar em oração sozinho, buscando a face de Deus em Sua palavra, adorando, agradecendo, confessando os pecados, pedindo ajuda. Mas seja também como Neemias no capítulo 2, nunca parando de orar, mantendo-se em estado de alerta. Enquanto você conversa com aquele seu vizinho incrédulo, peça ajuda a Deus pois Ele é o único que pode fazer a obra. Naquele momento, espiritualmente falando, você está conversando com um cadáver. Efésios nos diz que estávamos mortos em nossos delitos e pecados. Somente Deus pode dar a vida ao seu vizinho, então peça a Deus que lhe dê um novo coração, que lhe ajude a entender, que lhe dê ouvidos para ouvir.

A questão central, que está no verso 11, é que se Deus deve ser glorificado, isso deve ser feito através da oração. Então ore. Mas não ore e fique passivo. Segundo o verso 8 nos diz, ore em amor. O primeiro item é orar de forma sóbria. A segunda ação que Pedro nos mostra é amar fervorosamente. O verso 8 nos diz “sobretudo”. Essa palavra indica literalmente “antes de tudo”. Pedro acabou de nos dizer que o fim de todas as coisas está próximo e agora ele nos diz que antes de tudo, amem. Ou seja, até que o fim chegue, a prioridade é amar.

Se o fim está próximo, o prenúncio dado por Jesus em Mateus 24 é especialmente importante, pois Ele disse que nos últimos dias o amor de muitos se esfriaria. Pedro nos diz para permanecermos fervorosos em nosso amor uns para com os outros. O dicionário descreve “fervorosamente” usando as expressões "tensão" e "pressão". Um comentarista disse que essa palavra era usada para descrever os músculos de um atleta se esforçando para ganhar uma corrida. Novamente temos esse conceito de algo próximo do fim. Nosso esforço final deve ser gasto em nosso amor uns com os outros. Essa instrução de amarmos uns aos outros gramaticalmente nos remete ao imperativo de termos uma mente sã e sóbria. Uma tradução literal desse texto seria dizer que ter uma mente sã e sóbria é ter um amor fervoroso uns para com os outros. Gramaticalmente, o amor depende da mente sã. Creio que o ponto essencial de Pedro é que devemos pensar de forma clara para conseguirmos orar e antes de fazermos qualquer outra coisa, devemos amar. Em outras palavras, a primeira coisa que você deve fazer após dizer “amém” ao fim da oração é amar uns aos outros. Essa é a prioridade.

I Pe 1:22 nos diz “amai-vos ardentemente uns aos outros com um coração puro.” Existe uma urgência aqui. Tentações e tribulações estão chegando (I Pe 4:12). As tentações, tribulações e sofrimentos virão do mundo. Em outras partes da bíblia o Senhor nos diz para amarmos nossos inimigos, amarmos a todos. Nesse trecho temos um mandamento específico para amarmos uns aos outros. Certamente existe um sentido geral no qual amamos a todos, mas “amar uns aos outros” nas escrituras tem uma natureza diferente. Em I João Deus não nos diz que se recusarmos amar um incrédulo seremos destruídos. Também não nos diz no livro de Tiago que se fecharmos nosso coração para um incrédulo seremos condenados, mas isso é dito sobre os cristãos. Nós devemos amar uns aos outros. Esse é um fruto necessário da salvação, pois se não amamos um irmão a quem vemos, não amamos o Pai, a quem não vemos.

Então, o que isso quer dizer? Creio que precisamos da definição bíblica. Neste mundo encontramos muitas ideias e definições sobre o que é amar alguém. Pensemos biblicamente. Em primeiro lugar, nas escrituras, o amor sempre tem como raiz e é sempre o resultado do amor de Deus para conosco. Romanos 5:5 nos diz que o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito. I João 4:19: “Nós o amamos porque ele nos amou primeiro.” João 17:23 para mim é um dos versos mais fascinantes sobre o amor de Deus. Jesus ora para o Pai para que sejamos um, unidos a Cristo, em Cristo e Ele diz ao Pai: “Eu neles e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu me enviaste a mim, e que os tens amado a eles como me tens amado a mim.” Essa é uma frase impressionante. Cristo ora para que sejamos um com Ele, para que tenhamos unidade com Ele, e nós, estando em Cristo, sejamos amados pelo Pai assim como o Pai ama Seu Filho. Esse é um pensamento incompreensível: Deus olha para mim - um pecador imundo, que tantas vezes falhou com Ele - em Cristo e me ama assim como Ele ama Seu amado Filho. É incrível, mas esse é o nível de profundidade do amor de Deus e sabemos que isso é verdadeiro, pois Ele nos deu Seu Filho. Romanos 5:8: “Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.”

Quando Deus nos diz para amarmos uns aos outros, não podemos simplesmente inserir qualquer definição que temos do que é amar alguém. Ele nos ordena a estendermos o Seu amor, o qual Ele derramou sobre nós, a todos os que Ele ama, à Sua igreja. Se as afeições de Cristo estão em mim, e estão, já que Ele derramou Seu amor através do Seu Espírito, então devo amar o que Ele ama. Devo amar Sua igreja assim como Ele ama Sua igreja. Esse é o mandamento que vemos através da escritura. Quando Pedro diz para amarmos uns aos outros, essa é a definição bíblica que ele usa. Não é amar como lhe convém, mas como Ele vos amou.

Abra em I João 3:16. O que já memorizamos é João 3:16. Mas I João 3:16 é igualmente importante ao falar sobre o amor de Deus: “Conhecemos o amor nisto: que Ele deu a sua vida por nós, e nós devemos dar a vida pelos irmãos.” Então, o que significa amar alguém? É morrer por esse alguém. Quando a bíblia nos diz para amarmos uns aos outros, é isso que ela exige. Em João 13 Jesus está instruindo seus discípulos e Ele lhes dá um novo mandamento, explicando a eles como o cristianismo deverá funcionar. “Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis.” Como amamos uns aos outros? Talvez não morrendo fisicamente, mas morrendo para nós mesmos, para as nossas próprias vontades, para os nossos próprios sonhos a fim de servir aqueles a quem Cristo ama.

Você pode dizer: isso é simplesmente impossível. Lógico que é impossível, por isso Deus deu Seu Espírito, para capacitar-nos, modificar-nos, ajudando-nos a amar a Sua igreja, não com um amor sentimental, emocional e teórico como o mundo descreve, mas com um amor sacrificial, entregando a si mesmo e suas posses a outros. Eu cito aqui as nossas posses porque em seguida Pedro menciona a hospitalidade. Mas antes de chegarmos nesse assunto, há uma frase que Pedro insere ao falar do motivo pelo qual devemos amar uns aos outros: “o amor cobre multidão de pecados.” Isso faz alusão a Provérbios 10:12: “O ódio excita contendas, mas o amor cobre todos os pecados.” A frase de Pedro é axiomática, é claramente uma verdade: o amor cobre os pecados.

Deixem-me explicar o que isso não significa. Muitos tentam usar esse verso para acolher os pecados do mundo. Quem faz isso são aqueles que dizem que não devemos julgar ninguém, mas devemos cobrir os pecados de todos com amor. Isso não é verdade, não é bíblico. Sim, o amor cobre o pecado, o que é diferente de dizer que o amor aceita o pecado. Mateus 18 ainda deve ser aplicado. O amor nos faz exortarmos uns aos outros, ajudando as pessoas a saírem dos seus pecados. O amor jamais ignora o pecado.

O amor de Cristo é a mais alta expressão de amor possível. Sua morte na cruz cobre todos os nossos pecados, provando de uma vez ser a maior expressão de amor. Eu me pergunto qual é o contexto aqui neste texto. Precisamos nos perguntar porque Pedro disse isso. Creio que se pensarmos nas mensagens que ouvimos nas últimas semanas e considerarmos o contexto de que precisamos escolher a verdade e o sofrimento ao invés do pecado, devemos temer a Deus e viver como Cristo neste mundo, sendo a noiva pura, impactando o mundo. Quando vemos Pedro dizer que devemos amar uns aos outros pois isso cobre nossos pecados, começamos a ver que somos pecadores e não há como mudar isso, não somos perfeitos, mas amamos ao perdoarmos uns aos outros, buscando reconciliação e abençoando ao invés de guardar rancor, escolhendo preservar a união do Espírito mantendo a paz; e o mundo verá nossas obras e assim glorificará a Deus (I Pe 2:12). Quando amamos, brilhamos no mundo.

É o nosso amor que demonstra nossa unidade e o poder de união que Cristo provê - união entre povos, línguas e nações. É interessante vermos uma sessão entre I Pedro 2:12 e 4:11 que está cheia de declarações sobre a glória de Deus, no sentido de que tudo acontece para a glória de Deus. Em I Pe 2:12 ele escreve para sermos santos para que o mundo veja as boas obras e glorifique a Deus no dia da visitação. Em 4:11 ele escreve que Deus é glorificado quando falamos entre nós. Ele nos ordena sermos santos no mundo e sermos amáveis na igreja. Esse é o melhor uso do nosso tempo. É assim que devemos usar esses momentos finais.

Pedro chega a mencionar coisas muito práticas, como no verso 9 do capítulo 4: “Sendo hospitaleiros uns para com os outros, sem murmurações.” Durante os anos nós fomos ensinados pelo pastor MacArthur que a hospitalidade bíblica não é quando você dobra bem arrumado o guardanapo na mesa ao recepcionar as pessoas. Isso pode ser bom, também é amor, mas hospitalidade aqui nesse contexto está relacionado a quão gentil e amoroso você é com cristãos que você não conhece. Os amigos não estão inclusos aqui, caso contrário a última frase não faria sentido. Cabe aqui um contexto histórico.

Pedro está escrevendo a crentes espalhados, dispersos onde hoje conhecemos como Turquia. Ali não haviam hotéis, a economia era instável e havia muito mais necessidade de hospitalidade. Pedro fala sobre prover hospitalidade uns aos outros, ele não está dizendo para você sair acolhendo qualquer sem teto pela rua e trazer para sua casa e colocá-lo para dormir no quarto dos seus filhos. Existe um discernimento nas escrituras. Pedro não está interessado em um evangelho social. Para se ter uma ideia, em II João ele escreve que se você acomodar um falso mestre em sua casa, você está em pecado. É claro que na questão da hospitalidade há um discernimento. Pedro está falando sobre um irmão em Cristo, um membro da igreja que você não conhece, mas que precisa de ajuda. Talvez haja mesmo a necessidade de recebê-lo em sua casa e Pedro diz que esse irmão não pode terminar na rua. Não faz sentido um membro da igreja ficar na rua. A hospitalidade é uma expressão do amor uns para com os outros.

Prover a casa é a parte mais fácil. Depois a pessoa vai ainda permanecer por um tempo e é por isso que Pedro acrescenta: “faça isso sem murmurações”. Depois de algumas semanas a situação vai começar a incomodar, não é? Esse é o ponto que Pedro quer mostrar: ame fervorosamente nesses dias finais. Novamente, vamos deixar claro, Pedro não nos pede para amarmos sem discernimento. Ele não está armando algo que favoreça alguém abusar da situação e isso nós sabemos porque temos todo o resto das escrituras, onde Paulo diz que aquele que não trabalha, não come. Se alguém declara ser cristão, mas é preguiçoso, temos Mateus 18, onde vemos que nem todos que dizem “Senhor, Senhor” é realmente um crente. Mas se estamos falando de um crente verdadeiro, devemos amá-lo e nos importar com ele.

A hospitalidade não se restringe apenas a casa, é uma expressão que abrange qualquer tipo de acolhimento a qualquer crente que não conhecemos. Devemos cuidar dele com alegria. Deveria ser um prazer amar o objeto de afeto do nosso amado. Deveria ser uma satisfação amar aquele a quem Cristo ama. Por isso Pedro diz que devemos fazer isso sem murmurações. Se Cristo deu Sua vida a nós, deveríamos ser capazes de repartir um pedaço de pão e uma cama.

Então nesses dias finais, nesses segundos finais, Pedro conclama seu intervalo final e seu plano é simples. Vimos que primeiro precisamos orar em sobriedade e então amar fervorosamente.

Rapidamente, vamos ver os últimos dois pontos: edificar e glorificar. Na próxima semana teremos outra mensagem onde exploraremos a questão dos dons em detalhes, por isso não quero tocar em todos os pontos agora.

Começando pelo verso 10 vemos que precisamos edificar com fidelidade: “Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons mordomos da multiforme graça de Deus.” Todos nós temos um dom específico, tão único quanto a multiforme graça de Deus. Cada um tem um dom cujo propósito é a edificação do corpo, é para o bem comum, de acordo com Paulo em I Co 12. Todo dom é diferente. Não quero dizer que todos têm algo particular no sentido de que você tem o dom de oferta e o outro tem o dom da administração e é só isso que você consegue fazer. Não. Foi dado a cada um de nós uma certa quantidade de dons espirituais destinados a nos ajudar a avançarmos na edificação da igreja.

Todos somos únicos, todos temos uma “impressão digital” distinta, preciosa, especial e útil projetada por Deus para a edificação da igreja. Todos fomos equipados com um dom, a questão é: o que fazer? Pedro diz: “Use! Aplique!” Se estiver pensando com clareza, com sobriedade nesses últimos dias, você servirá a igreja, edificará a igreja, não fazendo como os de Corinto, ostentando suas habilidades, elevando-se por ter um ótimo dom. Pedro diz para usar o dom como um bom mordomo.

Mordomado traz uma ideia de fidelidade. O mordomo é aquele que serve a casa. Ele não possui dinheiro, riqueza, ou posses. Ele usa a riqueza do seu mestre de acordo com as ordens do seu mestre. Esse conceito de mordomado faz todo sentido. Diferentemente de Paulo, que exemplifica o uso dos dons fazendo uma analogia com as partes do corpo, Pedro está falando da igreja fazendo uma analogia com um edifício, com a casa de Deus.

“Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo” (I Pe 2:5). “Porque já é tempo que comece o julgamento pela casa de Deus” (I Pe 4:17). Todos recebemos um dom que nos ajuda a realizar determinadas tarefas na casa. Nenhuma tarefa é mais importante que a outra, apesar de que, com certeza, algumas tarefas são mais aparentes, mais visíveis que as outras e isso Paulo nos lembra. Talvez na casa você prefira cozinhar em vez de tirar o lixo, mas não escolhemos quais são nossos dons, Deus os escolheu de acordo com Sua multiforme graça.

Amo esse fato de que Pedro fundamenta a raiz dos nossos dons à graça de Deus, pois isso evita qualquer tipo de orgulho no tocante aos dons. Você não tem como se orgulhar com algo que recebeu. Nós até fazemos isso, mas é uma reação tola. Em I Co 4:7 Paulo coloca esse questionamento: “que tens tu que não tenhas recebido?” A resposta é: nada de bom. Se recebemos, por que nos gloriamos? Por que você se gloria por cantar bem? Você acha que você mesmo criou suas cordas vocais? Por que se gloria com sua saúde, com suas riquezas, com sua personalidade? Deus fez tudo isso. Você não é nada mais do que um mordomo do dom que Ele te deu.

Então Pedro diz que recebemos uma habilidade especial para edificarmos o corpo de Cristo. Então use! Pedro não nos diz para procurarmos o dom ou pedirmos um dom. Nós já o temos! Apenas precisamos usá-lo. O pastor MacArthur disse que “Porque o Espírito Santo soberanamente supervisiona a distribuição dos dons espirituais, os crentes não os merecem, não podem orar para recebê-los e de nenhuma forma gerá-los.” Apenas use-os.

Pedro divide os dons em duas categorias: falar e servir. Na próxima semana vamos entrar nesses pontos e explicar porque Pedro não menciona milagres, línguas ou curas.

I Pe 4:11: “Se alguém falar, fale segundo as palavras de Deus”. Todos devemos falar, encorajar uns aos outros, exortar uns aos outros diariamente como escrito em Hebreus 3. Mas para alguns de nós foi dado especificamente o dom de falar e Pedro menciona que se for esse o caso, assegure-se de que as suas palavras sejam conformadas com as palavras de Deus. Nossas palavras devem ser bíblicas, cheias de verdade e como as palavras de Cristo. A expressão “oráculos de Deus” é a expressão típica usada na Septuaginta para descrever as palavras faladas por Deus. Pense nisso. Quando um profeta no antigo testamento se colocava à frente do povo e dizia: “Assim disse Yahweh”, ele tinha que ter o cuidado de dizer apenas as palavras que Deus lhe havia falado. Se não fizesse isso, ele seria apedrejado até a morte. Ou seja, eu devo ter tal cuidado com as minhas palavras, tendo certeza de que estão conformadas às palavras de Deus, não indo além do que está escrito, não inserindo minhas opiniões nas escrituras, mas tendo o cuidado que deve ter alguém que fala as palavras de Deus.

Apenas para deixar claro, isso não quer dizer que as minhas palavras se tornam os oráculos de Deus. Pedro não está canonizando as palavras dos homens. Não existe a chamada “profecia do tempo atual”. Pedro está fazendo uma injunção, uma exortação para que nós falemos biblicamente. Ele não está fazendo uma declaração teológica de que nossas palavras podem se tornar profecias bíblicas. Ele está apenas dizendo: “quando forem falar, falem em conformidade com a escritura.” Seja como John Bunyan.

Spurgeon falou isso sobre Bunyan: “Esse homem é uma bíblia viva, instigando a todo tempo, seu sangue é bíblico, a essência bíblica flui através dele.” Quem me dera todo mestre da bíblia fosse descrito assim.

A primeira categoria de Pedro é sobre a nossa boca. Se falarmos, que seja em conformidade com a escritura. Em seguida ele fala sobre o servir: “se alguém servir, sirva segundo o poder que Deus dá.” Repito: todos devemos servir, devemos ser como Jesus. Marcos 10:45: “O Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos.” Ainda que todos devamos servir, para alguns de nós foi dada uma especial capacidade para servir, então faça isso com toda força de Deus. Pedro é como um treinador tentando fazer alguém entender que pode ir além, pode fazer mais. Ele está dizendo: “pegue mais peso, você pode levantar mais do que pensa.” Deus supre mais força do que você imagina. Todos vocês possuem um dom. Use-o na igreja! Se não usar, desobedecerá esse mandamento. Há tantas oportunidades para servir. Pergunte ao seu grupo de comunhão.

Qual o fim de tudo? Pedro termina o seu tempo final com o ponto mais importante de todos, é o quarto ponto.

Orem, amem, edifiquem, mas acima de tudo, glorifiquem. Glorifiquem a Deus sem cessar. Pedro termina sua doxologia assim: “para que em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence a glória e poder para todo o sempre. Amém.” Tudo está chegando ao seu fim e todas as coisas existem para a glória de Deus. Isaías 43 diz que fomos criados para a glória de Deus. O capítulo 42 diz: “Eu sou o Senhor; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outro não darei, nem o meu louvor às imagens de escultura.” A palavra glória em hebraico é “kavod” e traz um significado de algo que tem peso. Creio que é um conceito interessante e nos ajuda a entender a glória de Deus. Naquela época o valor do dinheiro estava relacionado ao seu peso. Uma moeda pequena tinha pouco peso, um montante de ouro teria muito peso, muito valor.

Tudo o que acontece nesse mundo, no fim, resplandecerá o valor do nosso grandioso Deus. Em algumas situações dizemos que “tudo” não significa tudo de verdade, como: “toda Jerusalém e Judéia veio para ser batizada por João.” Aqui existe um contexto para “tudo”. Em outras situações, “tudo” é uma palavra muito fácil de interpretar, pois realmente significa “tudo”. O que Pedro quis dizer quando disse tudo? É realmente tudo. Todo pássaro que cai, todo furação, toda guerra sangrenta, todo casamento, todo funeral, a salvação, a santificação, o pecado, o sofrimento, satanás, tudo! Cada elétron no universo resultará em vermos o valor infinito de Deus. Seu amor, Sua graça, Sua justiça. Diante disso estaremos maravilhados, vendo Seu valor infinito e tudo isso através de Jesus Cristo.

Jesus Cristo é o motivo de vermos a glória de Deus. Sem Jesus Cristo, Deus continuaria sendo tão glorioso quanto é, apenas não saberíamos, pois Deus é invisível, incompreensível, além do nosso pensar; mas Cristo é o resplendor da glória de Deus, é a imagem do Deus invisível. Na face de Cristo resplandece a luz da sabedoria de Deus. Glorificaremos a Deus através de Cristo, não apenas porque através de Cristo temos acesso a Deus, mas porque naquele dia seremos como Cristo. Romanos 8:29 diz que o Espírito está nos transformando à imagem de Cristo. Um dia carregaremos perfeitamente a imagem de Jesus, enchendo a terra com o reflexo do valor de Deus. Deus será glorificado através de Cristo. Seu plano de redenção será vitorioso e Ele sozinho reinará. Ele sozinho será glorificado. Ninguém, a não ser Deus, receberá glória, pois somente Ele é digno.

Para concluir, pense um pouco sobre o contexto. Peço que lembrem que de acordo com essa doxologia, Deus receberá toda glória. Não é uma questão teológica colocada por Pedro, mas é o fim da sua exortação a fim de vivermos da forma correta.

Esse é Pedro, no intervalo final, como nos dizendo: “Conforme vocês se aproximam da linha de chegada, lembrem-se para a glória de quem vocês correm; conforme os segundos finais se encerram, lembrem-se quem deve ser exaltado; conforme você está na expectativa daquele apito final, lembrem-se que há apenas um herói, um vitorioso que derrotará o inimigo; não tente se gloriar, isso apenas resultará em ruína e fracasso. Olhe para Deus, para quem e através de quem todas as coisas existem. Vocês querem vencer esse jogo? Olhem para Cristo. Contemplem o Leão, a raiz de Davi. Ele venceu, Ele é a vitória, Ele é digno de glória.” Os anjos proclamam: “Digno és, Senhor, de receber toda glória, e honra, e poder.” Os anjos dizem “amém”. Pedro diz “amém”. Deus em Cristo receberá toda glória. Devemos ter essa mesma resposta: amém. Amém, isso é verdade. Amém, é nisso que creio. Amém, é assim que viverei minha vida - à luz do fato de que somente Ele é digno de glória. É assim que orarei, para que Ele seja glorificado; é assim que amarei, para que Ele seja glorificado; é assim que servirei, para que Ele seja glorificado. Tudo é para Ele, apenas para Ele.

Como podemos permanecer firmes em um mundo cada vez mais hostil? Como nos destacamos nesse mundo para dar uma resposta à esperança que temos? Pedro nos diz que devemos ter foco, sendo racionais, com nossa mente sã para conseguirmos orar pela ajuda de Deus, amar os irmãos, sermos edificados em um corpo santo e glorificarmos Deus em todas as coisas.

Esse mundo está uma bagunça. Devemos usar muito bem nossos últimos minutos para a glória de Deus. Vamos orar.

Pai, quão práticas são essas instruções que nos destes aqui, para usarmos nossos dias da forma correta para Sua glória. Orando, amando, edificando Sua igreja. Oramos para que nos fortaleça, nos ajude para assim fazermos. Assim oramos, como Pedro nos explica, para que Tu recebas toda glória e domínio. Em breve enviarás Seu Filho para retornar a este mundo para que reine para sempre e que Sua justiça floresça. Assim desfrutaremos Seu amor para todo sempre. Isso pedimos em nome de Cristo. Amém.